LIBERAÇÃO DO HORMONIO IRISINA DURANTE A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS COMO ESTRATÉGIA NÃO FARMACOLÓGICA NA TERAPIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Anderson Martelli
Resumo
Estudos demonstram que a expectativa de vida da população mundial está aumentando e consequentemente à população idosa. Com o envelhecimento é observado uma perda das habilidades cognitivas que podem ocorrer de forma patológica como nos quadros da Doença de Alzheimer (DA) caracterizada por ser uma doença neurodegenerativa. Uma das alternativas encontradas foi o hormônio irisina. Assim, este estudo objetivou retratar os aspectos fisiopatológicos da DA e a prática de atividades físicas como método não farmacológico na sua prevenção. A pesquisa foi realizada a partir de uma revisão bibliográfica da literatura especializada, sendo consultados artigos científicos localizados nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs, Google Acadêmico e o portal de Periódicos CAPES publicados até 2025. Foi verificado que a irisina é capaz de proteger o hipocampo, região do cérebro envolvida centralmente no aprendizado e na memória. Evidências indicam que a irisina é capaz de proteger o hipocampo e influenciar na evolução das doenças neurodegenerativas dentre elas a DA. Assim, são necessários estudos em maior escala para esclarecer a relação dos exercícios físicos e irisina na DA.
Palavras-chave
References
ABRAZ – Associação Brasileira De Alzheimer. Irisina e a doença de Alzheimer, 2019. Disponível em: < http://abraz.org.br/web/2019/01/25/irisina-e-a-doenca-de-alzheimer/> Acesso em: 17 de agosto. 2025.
ALMEIDA M.C, GOMES .M, NASCIMENTO LF. Spatial distribution of deaths due to Alzheimer's disease in the state of São Paulo, Brazil. São Paulo Medical Journal, 2014;132, 199-204.
ALMEIDA OP. Biologia molecular da doença de Alzheimer: uma luz no fim do túnel? Ver. Ass. Med. Brasil. v. 43, n. 1, p. 77-81, 1997.
ALZHEIMER’S ASSOCIATION REPORT. Alzheimer’s disease facts and figures. Alzheimers Dement. v. 16, n. 3, p. 391-460, 2020.
ARTECOR – Doença de Alzheimer. Disponível em <http://www.artecor.com.br/blog/doenca-de-alzheimer/> Acesso em 10 de agosto de 2025.
BALTOKOSKI, K. C.; ACCARDO, C. M. A influência da irisina na memória em pacientes com doença de Alzheimer: revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 32, 2021. DOI: https://doi.org/10.25248/REAC.e8644.2021
BRITO, C. J.; VOLP, A. C. P.; NÓBREGA. O.T.; SILVA JÚNIOR, F.L.; MENDES, E.L.; ROAS, A.F.C.M.; BARROS, J.F.; CÓRDOVA, C. Exercício físico como fator de prevenção aos processos inflamatórios decorrentes do envelhecimento. Motriz. v. 17, n. 3, p. 544-555, 2011.
CHAI, C. K. The genetics of Alzheimer´s disease. American Journal of Alzheimer´s Disease & Other Dementias. v. 22, n. 1, p. 37-41, 2007.
COELHO, F G. M.; SANTOS-GALDUROZ, R. F.; GOBBI, S.; STELLA F. Atividade física sistematizada e desempenho cognitivo em idosos com demência de Alzheimer: uma revisão sistemática Rev Bras Psiquiatr. v. 31,n. 2, p.163-70, 2009.
DE LA ROSA, A., OLASO-GONZALEZ, G., ARC-CHAGNAUD, C., MILLAN, F., SALVADOR-PASCUAL, A., GARCIA-LUCERGA, C., et al. Physical exercise in the prevention and treatment of Alzheimer’s disease. J Sport Health Sci. v. 9, p. 394404, 2020.
EMARANHADOS NEUROFIBRILARES DA DOENÇA DE ALZHEIMER. Disponível em: <https://pt.vecteezy.com/foto/2488619-emaranhados-neurofibrilares-da-doenca-de-alzheimer> Acesso 14 de agosto de 2025.
FERNANDES, J. S. G.; ANDRADE, M. S. Revisão sobre a doença de alzheimer: diagnóstico, evolução e cuidados. Psic., Saúde & Doenças, v. 18, n. 1, 2017:131-140.
FREITAS, G. B., LOURENCO, M. V., DE FELICE, F. G. Protective actions of exercise-related FNDC5/Irisin in memory and Alzheimer’s disease. J. Neurochem. v. 155, p. 602–611, 2020.
GALLUCCI NETO, J.; TAMELINI, M. G.; FORLENZA, O.V. Diagnóstico diferencial das demências. Rev. Psiq. Clín. v. 32, n. 3, p.119-130, 2005.
GOMES, I. C. Principais estratégias de treinamento para pessoas idosas portadoras de doença de Alzheimer: estudo de revisão. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 8, n. 1, p. 01-20, jan./feb., 2025. DOI: 10.34119/bjhrv8n1-130.
GONÇALVES, A. L.C. et al., Relação entre Irisina, Doença de Alzheimer e exercício físico: uma revisão integrativa. Revista CPAQV, Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v. 16, n. 2, 2024.
GONÇALVES, F. C. A., Lima, I. C. S. Alzheimer e os desafios dos cuidados de enfermagem ao idoso e ao seu cuidador familiar. R Pesq Cuid Fundam. v. 12, p. 1474-82, 2020.
GONÇALVES, G. C. et al. Relação do hormônio irisina liberado durante o exercício físico e a doença de Alzheimer: uma revisão da literatura. Rev Med (São Paulo). v. 102, n. 1, 2023: e-194527, doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i1e-194527
HAMDAN, A. C. Avaliação neuropsicológica na doença de alzheimer e no comprometimento cognitivo leve. Psicol. Argum. v. 26, n. 54, p.183-192, 2008.
HERNANDEZ, S. S. S. et al. Efeitos de um programa de atividade física nas funções cognitivas, equilíbrio e risco de quedas em idosos com demência de Alzheimer. Rev. Bras. fisioter. v.14 n.1 São Carlos Jan./Fev. 2010.
HERNANDEZ, S. S. S.; VITAL, T. M.; GOBBI, S.; COSTA, J. L. R.; STELLA, F. Atividade física e sintomas neuropsiquiátricos em pacientes com demência de Alzheimer. Motriz. v. 17, n. 3, p.533-543, 2011.
INOUYE, K. Educação qualidade de vida e doença de Alzheimer: visões de idosos e seus familiares. 2008. 107 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2008.
JIN. Y, et al. Molecular and functional interaction of the myokine irisin with physical exercise and Alzheimer’s disease. Molecules, v. 23, n. 12, 2018: 3229.
KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran Patologia. Bases Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005.
LEITE, R. I. J. C. K. et al. Doença de Alzheimer: é possível prevenir? Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 2, p. 01-21, mar./apr., 2024. DOI:10.34119/bjhrv7n2-157
MARTELLI, A. Alterações Cerebrais e os Efeitos do Exercício Físico no Melhoramento Cognitivo dos Portadores da Doença de Alzheimer. v.1, n. 1, 2013; 49-60.
MORRIS, J. K., VIDONI, E., JOHNSON, D., VAN SCIVER, A., MAHNKEN, J., HONEA, R., et al. Aerobic exercise for Alzheimer’s disease: A randomized controlled pilot trial. PLoS One. v. 12, p. e0170547, 2017.
NITRINI, Ricardo et al. Diagnóstico de doença de alzheimer no Brasil critérios diagnósticos e exames complementares. Arq Neuropsiquiatr 2005;63(3-A):713-719.
QI, J. Y.; YANG, L.; WANG, X.; WANG, M., LI. X.; FENG, B.; et al. Mechanism of CNS regulation by irisin, a multifunctional protein. Brain Res. Bull. v. 188, p. 11–20, 2022.
SERENIKII, A.; VITAL, M. A. B. F. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e Farmacológicos Rev Psiquiatr RS. v. 30 (Supl.1), 2008.
SILVA , A. F.; GIRARDI, J. M.; RAPOSO, N.R.B. Uso das estatinas na doença de Alzheimer: uma revisão. HU Revista, v. 36, n. 3, 2010: 239-244.
TRENTINI, C. M.; GONÇALVES, M. T. A. Os métodos de investigação na pesquisa junto a cuidadores de idosos com a Doença de Alzheimer. Psico. v. 40, n. 3, p.308-318, 2009.
WEBPATH. Placas Neuríticas na Doença de Alzheimer, Disponível em: <https://webpath.med.utah.edu/CNSHTML/CNS090.html> Acesso 14 de agosto de 2025.
WRANN, C.D.; WHITE, J. P, SALOGIANNNIS, J.; LAZNIK-BOGOSLAVSKI D, et al. Exercise induces hippocampal BDNF through a PGC-1α/FNDC5 pathway. Cell Metab. v. 18, n. 5, 2013, p: 649-59.
YOUNG, M. F., VALARIS, S., WRANN, C. D. A role for FNDC5/Irisin in the beneficial effects of exercise on the brain and in neurodegenerative diseases. Prog. Cardiovasc. Dis. v. 62, p. 172–178, 2019.
Publication date:
08/21/2025